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Pesquisadores do Hospital Royal Adelaide e da UniSA (Universidade do Sul da Austrália) mostraram que os medicamentos utilizados para evitar que o corpo do paciente rejeite um rim transplantado também impossibilita a eliminação do câncer.
“O câncer é a principal causa de morte em receptores de transplante de rim, com a taxa de câncer sendo três vezes maior neste grupo do que na população em geral”, afirma o pesquisador da UniSA e especialista em rim do Royal Adelaide Hospital, Rob Carroll, em comunicado.
“A terrível ironia é que os imunossupressores que os pacientes sempre devem tomar para impedir que o sistema imunológico ataque o órgão transplantado também são os medicamentos que impedem o sistema imunológico de se livrar das células pré-cancerosas”, acrescenta Carroll.
Para reverter essa situação, os cientistas combinaram os remédios antirrejeição com inibidores de checkpoint – proteínas que ajudam a impedir que as respostas imunológicas sejam muito fortes, mas também impedem que as células T matem as células cancerígenas.
Quando os checkpoints são bloqueados, as células T conseguem matar os carcinomas de forma mais eficaz.
Os pesquisadores concluíram que unir as medicações antirrejeição de transplante com os inibidores de checkpoint não apenas reduziu as taxas de rejeição para 12% (em comparação a relatórios anteriores), mas também eliminou as células cancerosas em 25% dos pacientes, taxa equivalente a um a cada quatro transplantados.
“Para corrigir esse desequilíbrio, nosso estudo testou a eficácia da manutenção de medicamentos antirrejeição de linha de base (para proteger o transplante) e da adição de inibidores de checkpoint imunológico (para atacar o câncer). Os pacientes responderam bem”, disse Carroll.
De acordo com o professor, os estudos conferem mais esperança às pessoas que se preparam para um transplante de rim.
“É um grande avanço para pacientes de transplante renal; um novo sopro de vida”, conclui Carroll.
O que se sabe sobre o câncer e a Covid-19 até o momento
“,”content”:null,”position”:0},{“width”:466,”height”:314,”url”:”https://img.r7.com/images/vacina-coronavirus-02022021171013808″,”author”:”LIDIANNE ANDRADE/MYPHOTO PRESS/ESTADu00c3O CONTEu00daDO-02/02/2021″,”subtitle”:”No caso do homem de 61 anos que teve uma remissu00e3o do cu00e2ncer apu00f3s contrair covid-19, hu00e1 o detalhe de que ele foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin, um tipo de tumor que afeta diretamente os tecidos que produzem as cu00e9lulas responsu00e1veis pela imunidade. Pode haver a mesma possibilidade com outros tipos de cu00e2ncer? A remissu00e3o do linfoma estu00e1 muito mais ligada ao tipo de linfoma ou ao subtipo que ele apresenta do que u00e0 covid-19, segundo o oncologista. Ele destaca que alguns deles su00e3o curu00e1veis. ‘Foi uma conjunu00e7u00e3o de duas doenu00e7as, mas nu00e3o hu00e1 dados para que a gente relate que uma ou outra tenha intervenu00e7u00e3o direta na sua cura ou expansu00e3o’, diz. Em casos como o do linfoma de Hodgkin, u00e9 comum que o pru00f3prio sistema imune trabalhe de forma normal e consiga a remissu00e3o da doenu00e7a. ‘Ele provavelmente teve uma coincidu00eancia, mas geralmente essa resposta imune nu00e3o u00e9 exacerbada a ponto de resolver um processo oncolu00f3gico’, afirma Carvalho
“,”content”:”PE – CORONAVu00cdRUS/VACINA/SPUTINIK V – GERAL – **ATENu00c7u00c3O: IMAGEM ILUSTRATIVA** A Sputnik V, vacina produzida pelo Instituto Gamaleya, da Ru00fassia, tem eficu00e1cia de 91,6% contra casos sintomu00e1ticos da covid-19. Os dados, avaliados por pesquisadores independentes, foram publicados nesta teru00e7a- feira, 2, na revista cientu00edfica The Lancet. A vacina ju00e1 estu00e1 sendo aplicada na Ru00fassia e em outros pau00edses, como Argentina e Argu00e9lia. 02/02/2021 – Foto: LIDIANNE ANDRADE/MYPHOTO PRESS/ESTADu00c3O CONTEu00daDO”,”position”:1},{“width”:660,”height”:440,”url”:”https://img.r7.com/images/medico-e-paciente-03022021112018087″,”author”:”Reproduu00e7u00e3o/Freepik “,”subtitle”:”Ainda sobre este caso, assim como a covid-19 estimulou uma resposta do sistema imunolu00f3gico, isso pode ocorrer com outra infecu00e7u00e3o viral ou bacteriana? Sim, de acordo com o mu00e9dico. Mas a resposta imune nu00e3o acelera a ponto de se tornar uma resposta contu00ednua. ‘Como as infecu00e7u00f5es su00e3o variu00e1veis, vocu00ea ter uma infecu00e7u00e3o amanhu00e3 ou nu00e3o, u00e9 algo pontual. Nu00e3o hu00e1 uma relau00e7u00e3o de que essas ativau00e7u00f5es imunes podem proteger vocu00ea de uma forma maior ou menor em relau00e7u00e3o a outra doenu00e7a’, diz
“,”content”:null,”position”:2},{“width”:800,”height”:533,”url”:”https://img.r7.com/images/quimioterapia-quimio-cancer-saude-12062019182513673″,”author”:”Ministu00e9rio da Sau00fade – 16.8.2010″,”subtitle”:”Quem teve cu00e2ncer tem maior risco de contu00e1gio do coronavu00edrus ou su00f3 quem estu00e1 em tratamento? Quem estu00e1 em quimioterapia tem risco aumentado porque o medicamento baixa o sistema imune. Ju00e1 para quem faz um tratamento menos intenso ou estu00e1 apenas em acompanhamento, o risco u00e9 igual ao da populau00e7u00e3o em geral, os cuidados su00e3o os mesmo, como higienizau00e7u00e3o das mu00e3os, uso de mu00e1scara e distanciamento social. Quem teve cu00e2ncer e ju00e1 fez o tratamento ciru00fargico, a quimio ou a radioterapia, o risco tambu00e9m u00e9 igual ao da populau00e7u00e3o em geral, porque seu sistema imune nu00e3o estu00e1 comprometido, ressalta o mu00e9dico
“,”content”:””,”position”:3},{“width”:900,”height”:600,”url”:”https://img.r7.com/images/vacinacao-covid-19-vacina-imunizacao-25012021133143507″,”author”:”Tiago Caldas/Fotoarena/Estadu00e3o Conteu00fado – 24.01.2021″,”subtitle”:”Quem estu00e1 em tratamento contra o cu00e2ncer pode tomar a vacina contra a covid-19? Sim, afirma o oncologista. Com exceu00e7u00e3o daqueles que estu00e3o fazendo quimioterapia de maior intensidade. Nesses casos, a recomendau00e7u00e3o u00e9 a de que procure avaliau00e7u00e3o do oncologista, que vai informar se hu00e1 comprometimento da imunidade em virtude do tratamento mais agressivo e se a vacina u00e9 contraindicada
“,”content”:null,”position”:4},{“width”:688,”height”:388,”url”:”https://img.r7.com/images/mascara-alcool-em-gel-03022021112018550″,”author”:”Reproduu00e7u00e3o/Freepik “,”subtitle”:”O que um paciente com cu00e2ncer deve fazer para se proteger do coronavu00edrus? Para o paciente que estu00e1 em uma quimioterapia mais intensa, u00e9 importante que ele converse com seu mu00e9dico e siga um cuidado mais rigoroso, como se manter afastado das aglomerau00e7u00f5es, usar a mu00e1scara de forma contu00ednua mesmo dentro de casa, usar u00e1lcool em gel e lavar as mu00e3os constantemente, de acordo com Carvalho
“,”content”:null,”position”:5},{“width”:685,”height”:456,”url”:”https://img.r7.com/images/medico-e-paciente-03022021113920953″,”author”:”Reproduu00e7u00e3o/Freepik”,”subtitle”:”Quais os cuidados devem tomar as pessoas que convivem com uma pessoa em tratamento contra o cu00e2ncer? O oncologista destaca a importu00e2ncia da orientau00e7u00e3o correta sobre os cuidados, inclusive para quem convive com esse paciente. ‘Se um paciente estu00e1 em quimio mais intensa, u00e9 importante tambu00e9m orientar os familiares sobre as medidas de seguranu00e7a, pois o risco de contaminau00e7u00e3o desses pacientes u00e9 maior nu00e3o apenas em relau00e7u00e3o ao coronavu00edrus, mas tambu00e9m com outras doenu00e7as. Entu00e3o, eles tambu00e9m precisam usar mu00e1scaras dentro de casa, higienizar as mu00e3os e evitar aglomerau00e7u00f5es’, afirma. ‘u00c9 importante que os pacientes nu00e3o abandonem seus tratamentos’, finaliza
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