O Campeonato Brasileiro de Basquetebol em Cadeiras de Rodas já começou nesta quarta-feira, 8 de Junho, com jogos da terceira divisão. Os quatro melhores times do Campeonato se classificarão na segunda divisão.
Disputas no Ginásio Poliesportivo Avelino dos Reis (Guanandizão) tiveram início às 8h desta manhã e a cerimônia de abertura oficial será às 20h.
Os jogos são uma oportunidade de conhecer mais sobre o esporte adaptado e de atrair a população para um evento esportivo de qualidade, além de poder vibrar na torcida pelo time da casa, a Pantanal Sobre Rodas, que joga nesta quarta-feira às 21h.
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(Foto: Luiz Alberto)
Jogo – No basquete adaptado, as regras são as mesmas do “convencional”, seguindo o mesmo número de jogadores e altura da cesta, por exemplo, não importando a idade dos competidores. O jogo se divide em quatro tempos de 10 minutos cada, com um intervalo entre o primeiro e segundo período.
O diferencial está na classificação funcional dos jogadores, que nos esportes adaptados, são classificados de acordo com sua potência em quadra. No basquete, essa divisão é realizada a partir dos fundamentos “toque, drible, passe/recepção, arremesso/rebote, frenagem/pivotagem/ contato, tilting e instalação na cadeira”.
Em cada um desses fundamentos, o atleta recebe uma pontuação de 1 a 4, podendo também ocorrer o “bordiliner”, ou seja, receber notas diferentes em cada aspecto, somando então meio ponto. No total, o desempenho dos cinco atletas na quadra, somado, deve resultar em 14 pontos. Assim, o jogo fica mais igualitário para as equipes e segue o padrão de classificação mundial para a modalidade.
“A classificação funcional se dá pelo volume de ação no jogo com relação ao tronco e membros superiores com relação à cadeira, à bola e aos fundamentos do basquete”, explica tecnicamente a coordenadora de classificação funcional, Ana Elisabeth.
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(Foto: Luiz Alberto)
Ana, professora de esporte funcional e classificadora desde 2009, ressalta a importância do esporte como uma motivação para a vida e um “fôlego” para os atletas.
“Nós, como profissionais do esporte, vemos as pessoas sofrerem algum tipo de trauma e eles enxergam no esporte esse fôlego e isso também influencia nas atividades cotidianas. O esporte ensina a enfrentar as dificuldades”, relata ela, que é apaixonada pela mudança de vida que o esporte proporciona.
Por esses motivos, a divulgação dos esportes adaptados é necessária, na visão da classificadora, pois dá uma oportunidade de vida para as pessoas. O “online” também tem ajudado nessa divulgação, principalmente com as transmissões ao vivo, permitindo que seja mais visualizado.
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O treinador da equipe All Star Rodas, do Pará, Wilson Flávio Silva Correa, já está a 40 anos no esporte e, apesar do trajeto cansativo, chegou em Campo Grande com muita expectativa de classificar os alunos para a segunda divisão.
“Eu fiquei na cadeira de rodas com 22 anos, estava no auge da minha carreira no futebol profissional e ali tudo sumiu da minha vida, amigos, dinheiro, tentei até suicídio. Com o tratamento voltei a andar e prometi trabalhar com o esporte paralímpico”, conta Wilson com um sorriso, porque também acredita que o esporte traz uma nova perspectiva de vida.
“A vida não é o que a gente pensa, é o que acontece”, conclui.
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Serviço – A abertura oficial do evento será na noite desta quarta-feira, às 20h, e logo em seguida haverá o jogo da equipe sul-mato-grossense “Pantanal Sobre Rodas” contra os visitantes da Paraíba, “Associação Atlética Das Pessoas Com Deficiência Da Paraíba”. Todos os jogos são no Ginásio Guanandizão.
Confira as demais partidas e horários no link.
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(Fotos: Luiz Alberto)
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