Preços do prato feito podem variar até 130% na capital paulista

Em alguns bairros de SP, o PF pode custar o dobro do preço cobrado no Centro

Em alguns bairros de SP, o PF pode custar o dobro do preço cobrado no Centro
Felipe Rau/Estadão Conteúdo

O famoso PF, ou prato feito, também conhecido como prato executivo, refeição com arroz, feijão, uma opção de proteína e salada, apresenta variação de preço de até 130% na cidade de São Paulo, como mostra pesquisa feita pela associação de consumidores Proteste. Essa é a diferença entre o prato mais caro, que custa R$ 32 no bairro Santa Cecília, e a refeição de valor mais baixo, encontrada no Centro, por R$ 13,90, ou seja, R$ 18,10 mais barata.  

Com o objetivo de comparar os preços mínimos, médios e máximos do prato nas principais regiões da capital paulista, o estudo pretende ajudar o consumidor a conhecer os estabelecimentos com os melhores preços, de acordo com o local: perto de casa, do trabalho, da escola ou faculdade, facilitando a realização de refeições mais baratas.

Feita entre os dias 1° e 7 de abril, a pesquisa levantou preços de 100 restaurantes das zonas Sul, Norte, Oeste, Leste e Centro de São Paulo. Com a análise das duas pontas da tabela de preços, observa-se que o PF mais caro custa mais que o dobro do mais barato: Com o que se paga por ele, seria possível fazer duas refeições do prato mais barato, e ainda sobraria uma quantia.

“Se essa diferença for multiplicada pelos dias úteis do mês (22 dias, em média, para 2022), nos quais normalmente as pessoas fazem refeições fora de casa, em um mês a diferença chega a R$ 398,20. Seguindo a mesma lógica, em um ano, consegue-se economizar até R$ 4.380,20. Isso, considerando 11 meses, visto que o trabalhador tem 30 dias de férias no ano”, apresenta trecho da pesquisa da Proteste.

A associação também comparou os valores praticados em um mesmo estabelecimento. Em um dos locais, o prato mais caro custou R$ 23,90, enquanto o mais barato era R$13,90, com a troca da proteína mais cara, a carne, pela mais barata, o frango. “Isso resulta em uma diferença de R$ 10 que, em um mês, geraria uma economia de R$ 220. Na projeção para um ano, a diferença é de R$ 2.420”, avalia a entidade.

Preços médios por região

Quando são avaliados os preços médios da capital paulista, a região com o maior valor é a Zona Sul, com R$ 21,08, seguida pela Leste, com R$ 20,56. Depois, vem o Centro (R$ 20,42), Zona Oeste (R$ 20,18) e Norte (R$ 18,80).

Segundo a Proteste, para economizar na hora de fazer a refeição fora de casa, as recomendações são: (1) se informar sobre programas de fidelidade; (2) fazer um convênio entre sua empresa e um restaurante; (3) evitar consumir bebidas; (4) passear mais pela região para conhecer novos locais; (5) consultar o garçom, já que muitas opções mais baratas não estão no cardápio; (6) levar comida de casa; e (6) pesquisar opções nos aplicativos de entrega.