Varíola dos macacos pode ser contida se agirmos agora, diz OMS

OMS não indica vacinação em massa, só direcionada a contatos próximos de infectados

OMS não indica vacinação em massa, só direcionada a contatos próximos de infectados
Reprodução/Reuters

Autoridade graduada da OMS (Organização Mundial da Saúde) disse nesta sexta-feira que a prioridade precisa ser conter a varíola do macaco nos países não endêmicos, dizendo que isso pode ser alcançado por meio de ações rápidas.

A varíola do macaco, normalmente uma infecção viral leve, é endêmica (acontece habitualmente) em países africanos, mas a disseminação para países, como Europa e Estados Unidos, levantou preocupações.

Até agora, existem mais de 400 casos confirmados ou suspeitos, segundo a iniciativa Global.health, e já está presente em cerca de 20 países onde o vírus não circulava anteriormente.

“Acreditamos que, se adotarmos as medidas corretas agora, podemos contê-la facilmente”, disse Sylvie Briand, diretora da OMS para Preparação Global para Riscos Infecciosos, em um briefing técnico para os Estados-membros na assembleia anual da agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ela enfatizou que há uma janela de oportunidade para evitar uma maior disseminação, pedindo à população em geral que não se preocupe, pois a transmissão é muito mais lenta do que outros vírus, como o coronavírus.

Autoridades da OMS disseram que não há necessidade de vacinação em massa no momento, mas a vacinação direcionada, quando disponível, para contatos próximos de pessoas infectadas.

“Investigação de casos, rastreamento de contatos, isolamento em casa serão as melhores apostas”, disse Rosamund Lewis, chefe do secretariado de varíola da OMS, que faz parte do Programa de Emergências da OMS.


Arte/R7