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Em 4 de maio, o cemitério de guerra Jonkerbos, em Nijmegen, na Holanda, amanheceu com pichações com referências pró-Ucrânia, além de apologias nazistas, como a suástica e homenagens ao Batalhão Azov (grupo que combate os russos na região do Donbass), em lápides e na entrada do local.
O ato de vandalismo, além da invasão da Ucrânia pela Rússia, gerou ainda mais indignação no país. No dia seguinte às pichações nazistas no cemitério, foi comemorado o Dia da Lembrança na Holanda, que homenageia aqueles que morreram durante a Segunda Guerra Mundial.
Ao repercutir o assunto, um usuário no Twitter responsabilizou os refugiados da Ucrânia que estão na Holanda pelos atos de vandalismo. A publicação já tem cerca de 600 compartilhamentos e passa de 2.000 curtidas.
Cemitério de guerra holandês vandalizado com suásticas e bandeiras ucranianas pintadas em várias lápides no Cemitério de Guerra de Jonkerbos em Nijmegen.
Lápides também foram pulverizadas com palavrões contra a Rússia e seu presidente, Vladimir Putin. pic.twitter.com/v7lfexDWaT
— Geopolítica e o Apocalipse (@LBrasis) May 5, 2022
No entanto, segundo o Marechalato Real, que comanda as forças policiais no país e está a par das investigações, nenhum suspeito pelo crime foi identificado.
Vestígios deixados no local foram apreendidos, e o tipo de tinta usado na ação será periciado para tentar descobrir a origem do material.
Ao mesmo tempo, autoridades ucranianas se pronunciaram sobre o caso, repudiando as pichações.
Em nota, a embaixada ucraniana na Holanda disse condenar os atos de vandalismo no cemitério.
“Nós consideramos esse ato um insulto brutal à memória das vítimas da Segunda Guerra Mundial e uma provocação, inclusive contra a própria Ucrânia”, dizem as autoridades, que ressaltam esperar que as autoridades holandesas encontrem os responsáveis pelo crime.
A instituição que representa cidadãos ucranianos na Holanda também se pronunciou sobre o caso e disse que a pichação “tem intenção de descredibilizar a Ucrânia e despertar o ódio pelos ucranianos no exterior”.
O cemitério de Jonkerbos, segundo a página oficial do estabelecimento, foi construído após a Segunda Guerra Mundial, quando a Holanda retomou sua autonomia. O país foi invadido pelos alemães em 1940.
“Nijmegen foi uma cidade da linha de frente na guerra de 17 de setembro de 1944 a fevereiro de 1945. Um cemitério temporário foi criado em uma área arborizada conhecida como Jonker Bosch, de onde recebeu seu nome”, explica a administração do local, que conta com 1.629 túmulos, 99 deles para pessoas não identificadas que estiveram nos campos de batalha e 13 para soldados de outras nacionalidades.
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*Estagiário do R7, com edição de texto de Marcos Rogério Lopes